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A Babbel colabora com a Fundação Indígena FSC para facilitar o aprendizado da língua inglesa para os Povos Indígenas

O idioma é uma ferramenta que capacita e promove a participação em discussões globais cruciais.

Panamá / Berlim, 14 de novembro de 2023 – A Fundação Indígena FSC, uma organização Indígena global que trabalha com e para os Povos Indígenas em todo o mundo, e a Babbel, a principal plataforma de aprendizado de idiomas, anunciam uma parceria para oferecer aulas de inglês aos Povos Indígenas em todo o mundo.

A Babbel apoiará os Povos Indígenas com seu aplicativo de aprendizado de idiomas, além de aulas ao vivo com professores certificados, para que eles possam aprender inglês e participar ativamente de eventos e reuniões internacionais, além de ter acesso à mais oportunidades para beneficiar as suas comunidades e o planeta. Com o inglês, será mais fácil para eles encontrar informações sobre atividades que melhorem suas vidas e seus territórios.

O objetivo da Babbel é criar compreensão mútua por meio da linguagem. Além de fornecer uma plataforma para milhões de estudantes aprenderem novos idiomas e culturas, a empresa está comprometida em causar um impacto positivo no mundo, reduzindo o seu impacto ambiental e promovendo a diversidade, a inclusão e a igualdade.

“Para a população Indígena, o inglês é um idioma que devemos dominar para nos comunicarmos melhor e promovermos nossa agenda, que fortalece a economia em termos de turismo, gestão ambiental e todas as questões relacionadas à cooperação internacional”, disse Florita Martínez, líder Indígena Bribri da Costa Rica, membro do Comitê de Coordenação de Mulheres Líderes Territoriais da Mesoamérica (CMLT).

“Essa seria uma iniciativa fundamental para a Asociación de Mujeres Artesanas Ipeti Embera, a fim de melhorar a comunicação com visitantes e aliados estratégicos“, disse Omayra Casama, presidente da Asociación de Mujeres Artesanas Ipeti Embera (AMARIE), uma organização de mulheres Indígenas do Panamá.

Com quase dois bilhões de falantes em todo o mundo, o inglês é o idioma oficial de 55 países e é amplamente falado em mais de 100. A previsão é de que, até 2050, metade do mundo falará inglês. Os Povos Indígenas devem ser incluídos nessa tendência global, pois suas perspectivas e conhecimentos são cruciais em importantes debates globais, desde mudanças climáticas até em negócios, turismo e cultura.

“Acho que a língua inglesa está dominando o mundo e temos que nos preparar como Povos Indígenas e preparar os jovens também, para continuar a defesa de nossas comarcas (territórios)“, disse Briceida Inglesias, uma mulher sábia do povo Guna, Panamá, e membro do Comitê Coordenador de Mulheres Líderes Territoriais da Mesoamérica (CMLT).

A Babbel apoia a Fundação Indígena FSC como parceira do programa Aliança dos Povos Indígenas para os Direitos e o Desenvolvimento (IPARD). O objetivo comum é fortalecer as habilidades em inglês dos Povos Indígenas por meio do licenciamento de líderes e jovens que desejam aprender com o ecossistema da Babbel e aulas ao vivo (Babbel Live). O IPARD é financiado pela United States Agency for International Development (USAID), pelo Forest Stewardship Council (FSC) e por outros parceiros do setor privado.

Na Babbel, acreditamos que o idioma não deve ser uma barreira, mas uma ponte para conectar as pessoas ao redor do mundo. Nosso objetivo é tornar o aprendizado de idiomas fácil, eficaz e flexível, para que as organizações possam se comunicar melhor com seus parceiros internacionais e prosperar no mercado global. Estamos aqui para ajudar as pessoas a romper as barreiras do idioma e alcançar o sucesso em nosso mundo interconectado. É por isso que estou muito animado para iniciar essa parceria com a Fundación Indígena FSC“, comentou Cristian Silva, responsável por essa parceria na Babbel.

Em breve, compartilharemos informações sobre o processo de inscrição para aulas de inglês.

Sobre a Babbel

A Babbel desenvolve e opera um ecossistema de experiências interconectadas de aprendizado de idiomas on-line e é movida pelo objetivo de criar compreensão mútua por meio do idioma. Isso significa criar produtos que ajudem as pessoas a se conectar e se comunicar entre culturas. Os produtos Babbel App, Babbel Live, Babbel Podcasts e Babbel for Business têm como foco o uso de um novo idioma no mundo real, em situações reais, com pessoas reais. E funciona: estudos realizados por linguistas de instituições como a Michigan State University, a Yale University e a City University of New York comprovaram a eficácia dos métodos de aprendizado de idiomas da Babbel.

A chave é uma combinação de humanidade e tecnologia. A Babbel oferece mais de 60.000 lições em 14 idiomas, elaboradas manualmente por 200 especialistas em aprendizado, com o comportamento do usuário continuamente analisado para moldar e modificar a experiência do aluno. Isso resulta na adaptação constante do conteúdo interativo com aulas ao vivo, jogos, podcasts e vídeos que facilitam a compreensão de um novo idioma, do espanhol ao indonésio.

Como a Babbel é para todos, a sua equipe é tão diversa quanto o seu conteúdo. Na sua sede em Berlim e no escritório americano em Nova York, 1.000 pessoas de mais de 75 nacionalidades representam as origens, características e perspectivas que tornam todos os seres humanos únicos. A Babbel vendeu mais de 10 milhões de assinaturas, criando uma conexão real com os usuários.

Mais informações: www.babbel.com

Sobre a Fundação Indígena FSC

A Fundação Indígena FSC é uma organização Indígena global com uma missão, valores e ações conduzidas por, para e com os Povos Indígenas. Trabalhamos para elevar os Povos Indígenas em sua contribuição para a proteção da Mãe Terra e os reconhecemos como provedores de soluções e parceiros na luta contra os desafios globais.

Imaginamos um futuro em que as soluções e ações lideradas pelos Povos Indígenas, geradas em um quarto do planeta, protejam o futuro de todos e do nosso planeta. Para atingir esse objetivo, apoiamos o autodesenvolvimento, a auto governança e a autossuficiência dos povos indígenas por meio de soluções indígenas, parcerias multissetoriais e financiamento.

A Fundação Indígena FSC está comprometida com a capacitação dos povos indígenas e das partes interessadas. Sabemos que o desenvolvimento, a liderança, o gerenciamento, as habilidades técnicas e de negociação são fundamentais para a criação de capacidade para proteger os direitos, os territórios e os meios de subsistência dos Povos Indígenas. O desenvolvimento de habilidades e capacidades é essencial quando se trabalha com Povos Indígenas, pois isso permitirá que eles negociem, participem e influenciem o processo de tomada de decisões nos seus próprios termos.

Mais informações: https://www.fscindigenousfoundation.org/pt-br/

Contato:

fsc.if@fsc.org

press@babbel.com

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Identificando os Principais Desafios das Economias Indígenas

A Fundação Indígena FSC convocou um workshop com acadêmicos e especialistas na área de Economias Indígenas

Economias Indígenas abrangem um grande leque de atividades – desde a produção de açaí ou quinoa até empresas de energia ou turismo. Em algumas regiões, as economias são baseadas em sistemas produtivos para consumo próprio, caça e pesca, colheita de folhas, frutas e tudo que a floresta provê para suprir  necessidades básicas. Em outras regiões, os Povos Indígenas desenvolveram modelos de produção sofisticados e estão conectados com mercados em cadeias de valor baseadas em produtos florestais ou em serviços de turismo altamente valorizados pelos mercados internacionais.

Indicadores de economia tradicional e de desenvolvimento social podem não abranger o valor das economias Indígenas, entretanto, as economias Indígenas provêm contribuições preciosas para o meio-ambiente, fazendo-as de vital importância para a humanidade, e provendo não apenas bens essenciais, mas também bens públicos inestimáveis para os mercados internacionais. A Fundação Indígena FSC (FSC-IF) está empenhada em reunir importantes lições a serem aprendidas com as Economias Indígenas.

No dia 20 de setembro de 2021, a FSC-IF convocou um workshop virtual com acadêmicos, pesquisadores e profissionais de desenvolvimento para identificar os principais desafios das Economias Indígenas. O workshop também aproveitou a oportunidade para identificar aqueles interessados em formar parte de um grupo de trabalho em Economias Indígenas – um grupo que irá identificar modelos econômicos Indígenas inovadores e que ajudará a alcançar um dos objetivos do Programa da Aliança dos Povos Indígenas para os Direitos e Desenvolvimento (IPARD). 

Kim Carstensen, Diretor Geral da FSC, Luis Felipe Duchicela, Consultor Sênior em Povos Indígenas na USAID, e Francisco Souza, Diretor Geral da Fundação Indígena FSC abriram o workshop, reiterando o compromisso da FSC, USAID e da Fundação Indígena FSC (FSC-IF) em trabalhar para fortalecer as Economias Indígenas. 

Stephen Cornell, Professor e Presidente do Instituto das Nações Nativas da Universidade do Arizona, fez uma apresentação concluindo que  a otimização da responsabilidade do poder de tomada de decisão dos Povos Indígenas, o investimento nas suas capacidades em governar, e o respeito aos governos autônomos das nações Indígenas e  seus métodos, aumentam as chances de obter  desenvolvimento sustentável, não apenas para os Povos Indígenas mas também para toda a comunidade global.   

“O Desenvolvimento Indígena, é de fato do interesse dos estados mais abrangentes, mas é improvável que aconteça ao menos que seja guiado por preferências e decisões Indígenas,” Cornell concluiu. 

Carmen Albertos, Diretora Especialista em Povos Indígenas e Diversidade pelo Banco de Desenvolvimento Interamericano deu uma apresentação, definindo as Economias Indígenas e enumerando alguns dos desafios ao encará-las, incluindo lacunas de investimento público em territórios Indígenas, abstenção de políticas de ação afirmativa, recursos limitados e capacidade para conduzir negócios lucrativos. 

“O que precisamos é um novo panorama de políticas compreensivas com atividades de ação afirmativas, para criar as condições facilitadoras para que os Povos Indígenas possam triunfar em maior escala e superar uma posição desfavorecida”, observou. 

Posteriormente, os participantes discutiram sobre os principais desafios das Economias Indígenas em pequenos grupos, compartilhando suas diversas experiências na América Latina, Austrália, Canadá, entre outros. 

As diversas experiências dos participantes, no entanto, coincidiram em alguns temas centrais, como na importância em garantir a segurança das terras dos Povos Indígenas e o acesso aos recursos naturais, na necessidade de políticas e programas destinados à promoção de negócios em áreas onde os Povos Indígenas têm uma clara desvantagem competitiva, e na necessidade de capacitação sem destruir a conexão com  culturas tradicionais. 

Os participantes identificaram discriminação, racismo sistemático e falta de reconhecimento de identidades como desafios significativos ao pensar nas Economias Indígenas, assim como fatores logísticos como acesso à finanças e custo de transporte. 

Ao final do workshop, German Huanca, Líder do Programa de Parcerias de Negócios e Economias Indígenas do Programa IPARD, enfatizou a importância de formar um Grupo de Trabalho de Economias Indígenas para avaliar diferentes modelos econômicos. Esses modelos formarão a base para parcerias e empresas que a IPARD irá fortalecer e promover. 

Se você está interessado em participar, mande um e-mail para a.paredes@fsc.org